sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Teoria aliada à prática

O estágio é uma experiência que alia teoria à prática. De acordo com o Superintendente do Núcleo Brasileiro de Estágios, “É uma oportunidade de aprender trabalhando, realizando uma atividade prática e profissionalizante”. Alberto Cavalheiro ainda completa dizendo que é uma chance de o estagiário conhecer bem a sua atividade. Ele cita o exemplo de um estudante de jornalismo que pensa que sua profissão se limita a fazer reportagens. “Ele não pensa, por exemplo, que dentro de uma empresa pode ter um jornalista na área de comunicação”.
Muitas vezes o estudante não tem noção das funções que pode desempenhar na sua profissão, porque geralmente, o estágio é a primeira experiência profissional de um estudante. Por isso pode representar mudanças drásticas na vida dele. “Um estudante universitário, muitas vezes, sai do ensino médio com a cabeça voltada para o vestibular e não tem noção do que representa para ele a entrada em uma faculdade”, conta a psicóloga Elizabeth Oliveira. Ela completa dizendo que recebe muitos jovens em seu consultório que ainda não sabem lidar com a responsabilidade de um estágio. “São muitas coisas novas, muitas ordens. Coisas que ele sabe apenas na teoria, que está aprendendo na prática, mas que poucas pessoas estão dispostas a ajudar. É uma angústia muito grande.”
            De acordo com a psicopedagoga Lygia Lúcia, aliar teoria à prática pode ser doloroso, mas é considerado crucial no processo de aprendizado. “O aluno precisa ter a prática que os laboratórios da faculdade, quando existem, não conseguem suprir.” Segundo ela o aluno deve estar inserido no mercado de trabalho antes de se formar, para estar preparado para “ser solto” no mercado.
Para Lygia a prática não necessariamente precisa vir depois da teoria. “É muito interessante quando o aluno reconhece na sala de aula, elementos que ele já vivenciou em uma experiência profissional.” Por isso, não há contra indicações, de todos os pontos de vista, do profissional, do psicológico e do educacional, o estágio é uma ótima experiência para qualquer estudante.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Confira algumas dicas sobre como se comportar em uma entrevista de estágio!

O NUBE (Núcleo Brasileiro de Estágios) possui uma cartilha com algumas dicas sobre o que se deve e o que não se pode fazer em uma entrevista de estágio. Abaixo, segue uma galeria de fotos com um passo-a-passo para se dar bem na hora de conseguir aquela vaga tão desejada!

  • Evite conversas paralelas, chicletes e balas;

  • Conheça a empresa. Visite o site;

  • Estruture um bom currículo! (veja dicas no Post: Início de semestre: está aberta a temporada de estágios!)
  • Valorize os aprendizados obtidos em estágios e trabalhos voluntários;
  • Intercâmbio e esportes também contam pontos. Fale sobre eles! 

  • Chegue com alguns minutos de antecedência;
  • Memorize o nome do entrevistador;

  • Mantenha o celular desligado!

  • Use roupa social e seja discreto com decote, perfume, maquiagem e acessórios;

  • Seja objetivo, verdadeiro e utilize o português correto;
  • prepare-se para redigir ou discutir sobre atualidades no mundo e no seu país;
  • Olhe nos olhos das pessoas, seja natural, use bom senso e humor!

O Superintendente do NUBE, Alberto Cavalheiro, afirma sobre a importância de um bom comportamento na entrevista de estágio coma seguinte frase: "Você nunca terá uma segunda oportunidade para uma primeira boa apresentação".
O responsável pelas contratações de uma empresa de engenharia civil, Frederico Silva, concorda com Cavalheiro e ainda completa: " O candidato a uma vaga, tanto de estágio quanto de emprego, algumas vezes não sabe, mas ele é avaliado desde a entrega do currículo, passando pela ligação e terminando na entrevisto, que geralmente é a etapa final da contratação."

Então fique esperto, siga o passo-a-passo para a entrevista de estágio e não deixe para impressionar na segunda oportunidade!


Fotos: Gabriele Lanza



domingo, 3 de outubro de 2010

Dois anos da Lei do Estágio - Algumas considerções

             Você que é estagiário sabia que existe uma lei que regulamenta a sua profissão? Há dois anos, no dia 25 de setembro de 2008 a lei nº 11.788/08 foi promulgada. Ela discorre sobre os objetivos pedagógicos e educativos da atividade. Já no Art. 1º ela relata que o “Estágio é ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo de educandos que estejam freqüentando o ensino regular em instituições de educação superior, de educação profissional, de ensino médio, da educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e adultos.” 
              O interessante é que a lei, além de estabelecer direitos e deveres do próprio estagiário e da empresa que lhe concede o cargo, define como a instituição de ensino em que o estudante é vinculado deve se comportar para facilitar que ele consiga o emprego.
              O Nube divulgou um balanço dos dois anos de existência da lei a fim de mostrar os resultados das mudanças trazidas por ela. Antes da sua promunlgação havia 1,1 milhão de estagiários no país, sendo 715 mil do nível superior e 385 mil do ensino médio e médio técnico. Hoje, esse número caiu para 900 mil, divididos respectivamente em 650 mil e 250 mil.  
A interpretação desses números pode indicar que antes da aprovação da lei, muitos estudantes estavam realizando suas atividades de estagiários de maneira irregular ou imprópria. Segundo o Superintendente do Núcleo Brasileiro de Estágios, Alberto Cavalheiro, a diminuição no número de contratações pode representar uma dificuldade das empresas de se adaptar à nova lei, em relação à carga horária do estagiário, ao salário, etc. Isso pode explicar a diminuição em 20% do número de vagas no Brasil.
A lei é relativamente recente e muitos  já estagiavam antes de ela existir. O engenheiro mecânico recém formado, Gustavo Greco, é um desses.  Quando ele começou a estagiar não existia nenhuma lei que regulamentava a atividade como uma profissão. "O meu horário de trabalho era pré-determinado, mas nunca realmente tinha hora para sair. Acho que isso era o pior de tudo." Ele completa dizendo que antes da lei as atividades que ele realizava no seu emprego não eram exatamente relacionadas com a sua futura área de formação. "A lei do estágio ajudou muito para tornar a atividade parte do curso, mesmo." 
Essa característica profissionalizante que se acentuou com a lei do estágio, aumentou as chances de contratação do estagiário como um trabalhador da empresa após a formatura. Para Gustavo foi assim. "Eu me envolvi com a empresa em que estagiava e acabei sendo contratado após a minha formatura. Acho que antes da lei do estágio isso seria mais difícil de acontecer.
Mas nem todos acham que a lei trouxe apenas benefícios. Ellen Barros, formada em Relações Públicas e aluna de Jornalismo acha que a lei tem seus defeitos. "Antes da lei eu fazia dois estágios de quatro horas e conseguia acumular mais experiências, hoje isso não é possível. A lei não permite". Apesar desse defeito, Ellen concorda que não é tão ruim assim. "Em compensação eu trabalho menos e tenho mais tempo para estudar".
Nós, estagiários recém contratados não temos noção dos benefícios que a lei nº 11.788 touxe para o reconhecimento da profissão. É importante que todos leiam e saibam dos seus direitos. Aquela idéia de que estagiário é “escravo” já foi abandonada há muito tempo, mas se você ainda é tratado como um não hesite em reivindicar seus direitos!

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Qual a melhor hora de se conseguir um estágio?

Tive essa dúvida quando entrei na faculdade e acho que muitos estudantes compartilham dela.
Fiz a pergunta a Alberto Cavalheiro, o Superintendente do Núcleo Brasileiro de Estágios, e achei que receberia uma resposta complexa, cheia de estudos de caso. Pelo contrário! A solução do problema é bem simples!
Você também está com essa dúvida? Ouça o áudio abaixo e ouça como a resposta é simples!


Espero que tenha ajudado!
Até a próxima!

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

INÍCIO DE SEMESTRE: ESTÁ ABERTA A TEMPORADA DE ESTÁGIOS

Os meses de fevereiro e agosto representam um marco para as pessoas que estão procurando estágio. O ciclo escolar universitário é semestral e a cada novo início de período a entrada de novos alunos da faculdade faz crescer a procura por estágios. Essa procura também aumenta porque a cada início de semestre aumentam as ofertas de vagas nas empresas, devido ao vencimento de contrato ou à conclusão do curso de quem já está na vaga.

O superintendente do Núcleo Brasileiro de Estágios Alberto Cavalheiro confirma, “Os meses de janeiro e agosto são meses de contratação”. Ele acrescenta, ainda que os números no início do ano são ainda maiores do que em agosto. Esse semestre, por exemplo, o NUBE estima em torno de 1990 vagas de estágios sendo ofertadas para alunos do ensino superior, ensino médio, médio técnico e alunos de cursos técnicos. Para Cavalheiros esse número parece expressivo, mas não é grande. “Hoje dos 13 milhões de estudantes que nós temos fazendo o ensino médio e o superior, apenas 6% conseguem estágios.” Ele acrescenta: “É um número pequeno, poderia ser maior se as empresas soubessem contratar estagiários”.

É comum pensar que contratar estagiários é um bom negócio para as empresas, por ser uma mão de obra barata e disposta a qualquer tipo de serviço. Cavalheiro diz que não é bem assim. Contratar estagiários é um investimento. O estudante, geralmente, chega sem nenhuma experiência e é dever da empresa fazer um treinamento para que ele se torne um funcionário formado pela empresa. O mais complicado é que “às vezes quando o estagiário está ali maduro, pronto para assumir uma atividade dentro da empresa, ele muda. Aí o processo começa todo de novo”, revela Alberto Cavalheiro

Mas a culpa não é só das empresas. Algumas vagas não são preenchidas por terem candidatos pouco qualificados. O processo seletivo para estágios é complicado. Além de uma boa apresentação na entrevista, o estagiário deve ter um bom currículo. Mas o que escrever no currículo quando não se teve nenhuma experiência profissional? A maioria dos estudantes tem essa dúvida. Bruna Alves, estudante de jornalismo, revela “Eu mudei várias vezes o meu currículo, tinha medo de algo estar errado, peguei até alguns modelos de amigos que já estavam estagiando”.

Então, para tirar dúvidas, segue uma lista de itens que devem conter em um bom currículo.



- Dados pessoais: coloque telefones de contato e evite números de documentos;

- e-mail: crie um e-mail profissional;

- Objetivo: indicar somente uma área de interesse para cada oportunidade. Além disse o currículo deve ter apenas uma página para pessoas que estão começando a carreira;

- Qualificações: destacar habilidades como idiomas, competências, habilidades e informática;

- Experiências Profissionais: mencionar empresa, período, cargo e atividades exercidas, iniciando pela última ou atual.

- Idiomas: não minta, pois você pode ser testado. Viagens culturais e intercâmbios também são valorizados;

- Atividades Complementares: cite trabalhos voluntários, projetos acadêmicos, iniciação científica, atividades em empresa júnior, etc.




Você que está procurando por um estágio pode acessar o twitter do NUBE, lá eles divulgam várias oportunidades. Boa sorte!

domingo, 22 de agosto de 2010

Atividade "HIPERMARCO" para a disciplina da Cibercultura (4º período de Jornalismo PUC Minas)

Jornalismo cidadão ganha espaço nas mídias
BÁRBARA MAGRI,

4º PERÍODO

A popularização das formas de colaboração via Internet e o fácil acesso a câmeras de vídeos por celular estão mudando a relação do cidadão com os meios de comunicação. Ao deixar sua posição de observador para se transformar em produtor de informação, o cidadão participa cada vez mais daquilo que é vinculado nas mídias. A influência direta da população no conteúdo do jornal impresso, TV ou sites  pode ser chamada de jornalismo colaborativo ou jornalismo "cidadão". O editor do portal O Tempo, Luiz Fernando Rocha, conta que, atualmente ,duas a quatro matérias do portal são sugeridas pelos próprios internautas. "O consumidor se tornou produtor, e nós como jornalistas devemos nos adaptar a isso e fornecer diferentes formas de interatividade, como espaço para comentários e enquetes", observa. No dia 15 de outubro de
2009, uma forte chuva de granizo causou grande transtorno aos belo-horizontinos. "Nesse dia nós recebemos mais de 500 fotos de casas sem telhado e carros com capô estragados", conta Luiz Fernando. Mas, a participação não se limita a apenas fotos. O Jornal da Alterosa chegou a transmitir cinco vídeos de
telespectadores em uma mesma edição. Esses vídeos foram mandados para o portal de jornalismo colaborativo "Dzaí", que conta com participação de mais de 30 mil pessoas de várias regiões do Estado. O idealizador do portal, Alexandre Magno, explica que a tendência é que esse número cresça. "Agora o número de colaboradores do interior de Minas também está aumentando e nós temos que ficar atentos no conteúdo que chega no portal para assim tirar notícias que possam servir para outros veículos",diz.

Há casos enviados por internautas que ganham grande repercussão. Um exemplo disso é a foto que foi tirada em 2008 de um fiscal da BHTrans dirigindo um carro da empresa falando ao celular. A foto postada no portal O Tempo fez com que a Corregedoria Geral do Município abrisse inquérito para avaliar a atitude do motorista. "A repercussão desse caso foi tão grande que a foto ganhou lugar de destaque na página da Internet, inclusive em outros sites de notícia", conta o editor Luis Fernando. O fotógrafo até chegou a pedir direitos autorais, mas esse material passa a ser público. "Nós não vendemos para outros veículos, as pessoas podem pegar, mas devem manter o crédito da foto", completa. Episódios inusitados do dia a dia são muitas vezes flagrados por câmeras amadoras. Foi o que aconteceu com o estudante de engenharia de produção civil, Guilherme Pires Volpini, 18 anos, que registrou uma cena interessante enquanto andava por Belo Horizonte. "Era um carro novo que parece ter tido o vidro do retrovisor roubado e substituído por um espelho de banheiro", narra. Leitor da revista de veículos "Quatro Rodas", o estudante de engenharia enviou a foto para o espaço "Leitor Repórter" onde foi publicada no mês seguinte. Entusiasmado ao ver sua foto e nome publicados na revista, Guilherme conta que foi a primeira vez que contribuiu para algum tipo de veículo, mas não pretende parar por aí. "Se eu achar alguma coisa interessante vou mandar de novo", conta.

(reportagem publicada na edição 272 do Jornal Laboratório MARCO do Curso de Jornalismo da PUC Minas)